2013. Drama/Suspense. A&E.
Com Freddie Highmore, Vera Farmiga, Nicola Peltz, Olivia Cooke, Max Thieriot.
Roteiro de Anthony Cipriano, Kerry Ehrin, Carlton Cuse.
Baseado nos personagens do filme "Psicose" de 1960, Alfred Hitchcock.
Bates Motel é uma série que servirá de prelúdio ao clássico filme de Alfred Hitchcock, Psicose.
A trama contará como Norman Bates (Freddie Highmore) desenvolveu seu lado sombrio e psicótico entre a infância e a adolescência, explicando como o amor de sua mãe, Norma (Vera Farmiga), ajudou a moldar um dos mais conhecidos maníacos da história do cinema.
Ao mostrar a vida da família Bates, a trama apresenta vários mistérios e complexidades da mente humana dos personagens de Norma e Norman. Após a morte misteriosa do patriarca da família, mãe e filho decidem se mudar para uma cidade no interior para recomeçar. Lá, se tornam proprietários de um motel de beira de estrada bastante peculiar, que fora construído em 1912 por uma família local, que acabou perdendo o imóvel para um leilão. Partindo dessa premissa, somos levados a cenas completamente rebuscadas, com todo o requinte clássico do filme de 1960. Desde o motel (que na série é a locação original do filme, pasmem), até o visual dos personagens, como as roupas usadas por eles e os penteados de Norma Bates. Mas, "prelúdio" não é o nome correto para se fixar ao seriado. Desde a primeira cena, somos levados a pensar que a série se passa por volta dos anos 1950 ou até mesmo 1960, sendo literalmente um prelúdio do filme de Hitchcock. Mas, eis que somos surpreendidos por aparelhos tecnológicos, como a cena em que Norman saca um Iphone do bolso. A prova concreta da contemporaneidade da série vem com a frase "Minha família construiu esse motel em 1912. Ele deve ser meu, está na minha família há um século..." o que me decepcionou um pouco.
Felizmente, o seriado não é só isso. Nos é apresentado uma complexa cadeia de eventos que assombram a família, principalmente Norma Bates, uma mulher com um psicológico denso e palpável, muito ciumenta, possessiva e perfeccionista, interpretada magistralmente por Vera Farmiga. Norma impõe muitas coisas ao seu filho adolescente, Norman, que acaba se tornando recluso, tímido e muitas vezes esquisito, além de desenvolver uma certa adoração por sua mãe, dizendo como ela é a sua vida e sua alma gêmea, mesmo quando Norma dá flashes de sua verdadeira índole.
O que podemos esperar para a primeira temporada?
Sem dúvidas, a série ainda levará o expectador para muitos dilemas psicológicos vividos pelos problemáticos personagens, além de muito suspense e mistério, assassinatos e etc. A impressão que o primeiro episódio passou foi que, além de eletrizante, a série terá um ritmo acelerado, sem muita lenga-lenga e não vai demorar muito para que o problema-chave da temporada seja revelado. Assistindo ao piloto, eu já pude criar algumas teorias e expectativas para o futuro da série, me levando até a crer que logo veremos a morte de Norma e até, quem sabe, uma nova cena do chuveiro, aspectos que ajudarão a desenvolver a característica marcante do psicopata de Hitchcock: a imprevisibilidade, que é bem visível já nas primeiras sequências do episódio. Inclusive, um certo banheiro de quarto de hotel já foi apresentado, com um certo defunto nele.. Será?
Infelizmente, o ponto fraco é a atuação de Freddie Highmore. Algumas cenas são extremamente bem feitas, o ator realmente consegue transpor a linha entre o ingênuo e inconsequente, mas na maioria, não convence, muito menos quando contracena com Vera Farmiga. A cena em que eles discutem foi péssima, devido a falta de expressão do ator.
Bates Motel é um seriado com muito a percorrer ainda. Muito a mostrar. Eu realmente acredito que Highmore pode surpreender no papel, mas o ponto alto mesmo é ver Farmiga atuando incrivelmente em um papel que não existia até agora. Bates Motel terá 10 episódios em sua primeira temporada e a segunda e terceira já foram confirmadas. Quanto será a diária?
Aviso: Quando for para um hotel, tranque a porta do banheiro.
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