2013. Drama/Suspense. NBC.
Com Mads Mikkelsen, Hugh Dancy, Laurence Fishburne.
Roteiro de David Slade, Bryan Fuller.
Baseado nos personagens do filme "Hannibal" de 2001, Ridley Scott.
Hannibal vai focar no famoso serial killer do livro Red Dragon de Thomas Harris e da franquia de sucesso nos cinemas, estrelada por Anthony Hopkins. O novo drama será uma versão contemporânea da conhecida história, mostrando desde o início o relacionamento do agente do FBI Will Graham com o seu mentor Dr. Hannibal Lecter.
Mais um prelúdio. O seriado Hannibal, se passa antes das histórias apresentadas nos livros e nos filmes já conhecidos pelo público, mas... Prelúdio? Bom, a recente necessidade da TV americana em tentar apresentar prelúdios muitas vezes incoerentes e desnecessários está cada vez maior. Toda a fórmula apresentada em Hannibal já está sendo vista em Bates Motel, só que não vemos a mesma qualidade. O entrosamento dos atores é frágil, onde vemos um Hugh Dancy muitas vezes inexpressivo e um Mads Mikkelsen (sempre) expressivo demais.
O episódio piloto apresenta a vida de Hannibal Lecter, na época em que começou a praticar atos canibais, de uma forma muito irônica, que em algumas cenas sugere uma comicidade que não convêm a história em si. Mads Mikkelsen se preocupa em criar um personagem totalmente novo. Ele não pretende copiar trejeitos, falas ou nada que já fora utilizado por Anthony Hopkins (que, diga-se de passagem, deveria ter sido o único Hannibal Lecter), causando um certo desconforto para quem estava esperando um seriado que realmente fosse o prelúdio dos filmes de sucesso. Mas, não. O rumo que a história pretende tomar é totalmente enigmático, se preocupando demais em mostrar a vida solitária e psicologicamente transtornada do personagem vivido por Hugh Dancy, que poderia até ser bem bacana, pois o personagem é muito bom, mas... O ator é dos ruins.
Outra coisa que irrita muito são os coadjuvantes. Se os atores principais estão deslocados e em suas péssimas formas, vemos coadjuvantes que conseguem ser muito piores. Laurence Fishburne, que está na série apenas para tapar buracos, fica totalmente a mercê de cenas inúteis, passagens insignificantes, que servem apenas para prolongar alguns suspenses óbvios e especular sobre cenas previsíveis. Deixando as atuações péssimas e os traços a desejar de Hannibal, o que prende mesmo o telespectador é a história em si. Quase nunca somos levados a um mundo tão complexo, onde estigmas e tabus da sociedade são apresentados de uma só vez. Temos o policial perturbado por falhas do passado, o serial killer e... um canibal, coisa nova na TV.
De qualquer forma, se você tiver paciência, e for do tipo que consegue assistir uma série paradona, sonhando com um desenvolvimento futuro (que nesse caso, até que é promissor), Hannibal é uma boa pedida. Mas, não espere um Hopkins da vida, muito menos cenas clássicas de Ridley Scott. Hannibal terá 13 episódios em sua primeira temporada.
Dr. Lecter está indignadíssimo!
Nada a ver seu comentário sobre a série. Ela é ótima.
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