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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Revisando #3 - Arrow

Título Original: Arrow
Drama/Suspense/Ação. 2013
1ª temporada - 23 episódios.
Com Stephen Amell, Katie Cassidy, Emily Bett Rickards, John Barrowman, Susanna Thompson e David Ramsey.
Direção: David Nutter.
Roteiro de Andrew Kreisberg, Greg Berlanti, Marc Guggenheim. Baseado no personagem "Green Arrow" original da DC Comics.


Oliver Queen, descrito como um bad boy reabilitado de 27 anos que, depois de sofrer um naufrágio, passa cinco anos brutais em uma ilha no sul da China, retorna para a cidade de Starling City como um homem mudado: um mestre torturado e reflexivo do arco e flecha, determinado a fazer a diferença.

Antes da estreia da primeira temporada de Arrow, muito se falou sobre um possível novo erro do canal CW em adaptar para a TV histórias sobre um super-heroi e seus vilões, levando comparações extremas com o seriado-desastre Smallville, que recontou em dez temporadas a história do jovem Clak Kent, o Superman. Inacreditavelmente, a CW aprendeu com os erros de Smallville e conseguiu transpor com clareza e sem muita lenga-lenga o ambiente de Starling City, lar do Arqueiro Verde. Mostrando um ritmo forte e contínuo, Arrow apresenta a vida de Oliver Queen após ele ser resgatado da ilha onde ficou preso por cinco anos. Ele retorna para sua cidade natal munido de um diário com vários nomes de personalidades corruptas que estão destuindo Starling City. A premissa de Arrow é muito interessante, principalmente no quiesito coadjuvantes. Vários personagens do universo DC são introduzidos na história, de forma direta ou indireta, além da clássica fórmula para sucesso de envolver um time de companheiros que auxiliam o heroi em suas aventuras.
                  

No que Arrow acerta e no que Arrow erra?

Além da ótima premissa que o seriado propõe, o enredo paralelo também está de parabéns. Vemos a luta diária do Arqueiro contra as pessoas que falharam com a cidade, assim como vemos o drama familiar que envolve a família Queen, o drama vivido entre Oliver e Laurel e também diversas histórias paralelas de personagens que são ótimos de ver, em grande parte devido ao time de atores competentes que compõe o elenco.
Era para ser apenas uma participação especial do ator David Ramsey, mas os produtores do seriado gostaram tanto do personagem John Diggle, um  segurança da mansão Queen, que decidiram fixá-lo ao programa e ainda mais: Coloca-lo como o parceiro mais improvável do Arqueiro (esse aspecto nos quadrinhos é do personagem Tommy Merlyn). Diggle se torna o "outro Arqueiro", a pessoa em quem Oliver confia para tomar a identidade do justiceiro quando o episódio tende a puxar demais para o drama da família.


Se David Ramsey era apenas uma participação no programa, Emily Bett era só uma ponta. A personagem Felicity Smoak, uma técnica em computação e hacker nas horas livres chamou tanta atenção em suas poucas cenas na primeira parte da temporada que os fãs clamavam por mais: Felicity também foi recrutada para o time Verde e tem um papel fundamental na season finale da primeira temporada.

Por outro lado, um erro gritante é a personagem de Katie Cassidy, Laurel Lance. A forma como a personagem foi definida é desastrosa, mostrando uma mulher sensível demais, amorosa demais e até melosa demais, mesmo que possua um senso de justiça memorável. A boa personalidade de Laurel foi tão elevada que as cenas em que ela se defende sozinha com armas, ou lutas corporais ficam extremamente fora de contexto e até forçadas (nem parece que essa personagem é a Canário Negro). E isso tudo foi só pior, tendo Katie como intérprete. A atriz, famosa por personagens fortes e em grande parte, vilãs (vale o remember da loira e linda Ruby, da terceira temporada de Supernatural), fica por fora de grande parte do enredo, só aparecendo para algumas cenas sem muita expressão facial e o romance com Oliver que fica esquecido durante toda a temporada e só retomado nos últimos episódios.

O protagonista também não é muito de se orgulhar, igualmente. Stephen Amell possui uma semelhança incrível com o personagem dos quadrinhos, isso é fato, mas o que ele tem de físico relacionado com Oliver, ele não tem de boa atuação. Quase todas as cenas do seriado são focados na forma como Oliver lida com suas responsabilidades e Amell é o tipo de ator que não transporta emoção e nem convence o telespectador. Até a forma como ele anda é caricata e as únicas cenas dignas que são as lutas corporais, são feitas por dublês.

Arrow é o tipo de seriado que tem como objetivo levar ao telespectador tudo que vem na cabeça dos roteiristas. O grande erro é que, em apenas uma temporada nada disso é muito possível e grandes personagens, como o vilão-mor, Malcolm Merlyn e a matriarca Queen, Moira, são deixados de lado, tudo para que a cada episódio, um novo vilão e um novo aliado apareça e morra ou simplesmente vá embora no fim dos quarenta minutos exibidos. Atenção para o fato de que nessa temporada já vimos o Pistoleiro, a White China, a Caçadora, o Exterminador, o Conde e etc (desperdício!). Além de Roy Harper, que futuramente se torna o Robin do Arqueiro, Arsenal (ou Arqueiro Vermelho), que é acrescentado às pressas na temporada. O que a season finale de Arrow apresenta é mais um desafio do que uma inovação: O seriado vai conseguir manter o fôlego ou será que aprendeu mesmo com os erros de Smallville? Eu só espero que não tenhamos dez temporadas novamente, por que haja vilão para satisfazer os caprichos de cada episódio.

Destaque para um dos melhores episódios da temporada, Betrayal, onde Oliver descobre que sua mãe, Moira Queen, conspirou para que o barco da família Queen naufragasse, levando Oliver e seu pai a morte.


4 ANÉIS
Por Guilherme Campos


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