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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Criticando #8: Mama

Título Original: Mama
100 min, 2013. Drama/Suspense/Terror
Com Jessica Chastain, Nikolaj Coster-Waldau, Daniel Kash, Isabelle Nelisse, Megan Charpentier.
Direção: Andres Muschietti
Roteiro: Andres Muschietti, Barbara Muschietti e Guillermo Del Toro.


Quando o pai de Victoria e Lilly mata a mãe das garotas, as crianças fogem assustadas para uma floresta. Durante cinco anos, ninguém tem notícia do paradeiro delas, até o dia em que elas reaparecerem, sem explicarem como sobreviveram sozinhas. Os tios das duas, Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e Annabel (Jessica Chastain) adotam Victoria e Lilly e tentam dar uma vida tranquila às duas, mas logo eles percebem que existe algo errado. As duas conversam frequentemente com uma entidade invisível, que chamam de "Mama". Lucas e Annabel não sabem se acreditam nas meninas, ou se devem culpá-las pelos estranhos acontecimentos na casa.

Mama é um filme com visual. Após um começo interessante e até algumas passagens bem intrigantes, o filme começa a cair nos clichês de filmes baratos sobre assombrações baratas que não sabem o que fazem, além de se contorcer um pouco e dar uns gritinhos. Tendo como base a crise 1929 e o período de depressão econômica no EUA, um pai de família (que não fica claro, o que ele faz, talvez um empresário?) do nada mata três pessoas, entre elas a esposa. A partir daí, ele foge com as filhas e decide matá-las (WTF?) e se matar depois. Até que ele é surpreendido por uma assombração sinistra na cabana no meio do nada que ele decide se alojar (POR QUE ELE FEZ ISSO??) e é morto. As meninas começam a ser criadas pelo fantasma, tornando-as selvagens e até antissociais. Mas é só isso. A premissa do filme é interessante, o suspense que o diretor faz até revelar a face e a história do fantasma são bons, mas nada além disso. O filme cai no clichê do fantasma que quer vingança/continuar seu legado/consertar seus erros e dos protagonistas que não sabem o que fazem, para onde vão e nem por quê aceitaram fazer esse filme.


Uma das piores coisas no filme é a atuação de Jessica Chastain. Não é que a moça seja ruim, sabe. Ela já foi indicada a não sei quantos Oscars, mas mesmo assim aceitou esse papel tosco onde nada, digo, NADA no personagem se encaixa. Uma rockeira com um corte de cabelo e maquiagem estranhos que quer ter uma família? E pior, fica triste por não engravidar do também desajeitado, Lucas. As cenas de Chastain como Annabel são precárias. A sensação que passa é que ela não se esforçou nada para o papel, deixando tudo muito falso.
Nikolaj Coster-Waldau (o Jaime Lannister de Game Of Thrones) não está tão ruim. Ele convence com os dois personagens que interpreta, o pai das meninas e o irmão gêmeo dele, porém, o diretor por algum motivo decide tirar o ator da maior parte do filme, depois que o personagem sofre um acidente muito, muito nada a ver. Talvez, uma das poucas coisas boas no filme é a atuação das garotas. As duas estão ótimas no papel, principalmente Isabelle Nelisse, que faz a problematica Lilly, que tem algum tipo de fascínio maluco com o fantasma da Mama.


Outra coisa que eu gostei também, foi do personagem de Daniel Kash, que faz um psiquiatra que começa a investigar a história das meninas e o que poderia ter ocorrido durante os cinco anos em que elas ficam sozinhas na floresta. Mas, também, ele tem uma participação curta demais para um personagem tão carismático. Os efeitos também ficaram bons, mesmo eu achando o fantasma meio demônio e tal, mas dá para assistir. O que salva o filme, na realidade, é a capacidade incrível de Del Toro em criar eventos, cenários e efeitos que prendem quem assiste e instigue a imaginação. Teria ficado melhor se ele tivesse dirigido.


Concluindo, Mama é um filme que passa sem grandes expectativas, sem convencer o telespectador, sem se aprofundar em muita coisa além do fantasma. Algumas (muitas) coisas acontecem e ficam sem explicação, outras acontecem e tem explicação demais, acabando com o clima de suspense. Muitas vezes eu me perguntei se a música da Valesca Popozuda estaria no OST (zoa/). O que podemos ter certeza com esse filme é que não tá fácil fazer um terror que preste na atualidade, quem sabe Evil Dead seja bom????

Valesca adorou a homenagem ao seu grande sucesso!

2 ANÉIS





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