130 min, 2013. Fantasia
Com James Franco, Mila Kunis, Michelle Williams, Rachel Weisz, Zach Braff
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Michael Kapner e David Lindsay-Abaire, com base no original de Frank L. Baum
Baseado no livro "O Mágico de Oz" de L. Frank Baum.
A junção de Disney e
Raimi deu um resultado no mínimo surpreendente, o diretor de “The
Evil Dead” e “Possessão”, parece entender bem das histórias
cheias de cor da Disney e faz uma boa combinação entre suas câmeras
subjetivas e contré-plunges e as panorâmicas obrigatórias para se
mostrar O Mundo Mágico de Oz.
Sem poder mencionar o
clássico de 1939, Oz cria um roteiro alternativo, um prelúdio para
a clássica história de L.
Frank Baum, mas existem pequenas referências, principalmente
visuais, que fazem os fãs do clássico de 39 se lembrarem da história,
como a bruxa verde de chapéu pontudo, a estrada de tijolinhos
amarelos e a Cidade das Esmeraldas, uma homenagem justa ao clássico,
mesmo com os problemas de Copyright.
Nesse
roteiro alternativo, Oz (James Franco) é apenas um mágico charlatão
de circo no Kansas que acaba em um furacão e cai na Terra de Oz,
onde descobre ser o Mágico que salvará esse mundo da “Bruxa Má”.
O
mais interessante nessa introdução ao mundo comum é o uso do preto
e branco em uma pequena tela quadrada, não fossem os efeitos
especiais, nos sentiríamos realmente de volta ao tempo de Chaplin, e
na chegada ao mundo de OZ temos o contraste com a tela cheia, efeitos
e cores.
James
Franco representa um dos protagosnistas mais controversos da Disney,
um herói egocêntrico que só se torna o herói por causa do ouro e
da grandiosidade que lhe são oferecidos e ele tanto anseia, é claro
que existe uma moral de evolução e descoberta da bondade (é da
Disney que estamos falando), mas ainda assim o protagonista se mantém
com a personalidade charlatã, e são seus dons de puro ilusionismo
e de certa maneira sua ambição que dão rumo à história.
Oz
é um ótimo protagonista, mas não sozinho,afinal alguém precisa
controlar seu egocentrismo e fazê-lo gostar daquele mundo, a ponto
de não salvá-lo apenas pelo ouro, e para isso temos os coadjuvantes
muito bem desenvolvidos, Finley (“o macaco de asas vestindo roupas
de mensageiro”) o alívio cômico de importância além das piadas,
uma bonequinha de porcelana que tem uma evolução impressionante na
história a ponto de ser tão importante quanto a “Bruxa Boa”,
Glinda, todos fazem acontecer a tal “evolução moral” de Oz, mas
dessa vez sem clichês.
Sendo
dois coadjuvantes personagens puramente animados, é interessante
como a interação deles com os humanos está bem feita, a equipe de
efeitos especiais conseguiu fazer personagens literalmente sólidos e
compatíveis com o cenário fantástico, que lembra de leve o de
Alice no País das Maravilhas, mas em maiores proporções. E parece
que Alice foi uma referência a esse filme, até mesmo o músico
preferido de Tim Burton está lá, Danny Elfman através de sua
trilha sonora, dá um tom de magia ao filme que nenhum cenário
fantástico consegueria dar.
Entre
seus figurinos, maquiagem e cenários grandiosos Oz é um bom filme
para quem quer encher os olhos no cinema e rir com a atuação
propositalmente exagerada de Franco, mas não espere mais do que a
Disney pode te oferecer.
AVISO: A magia Disney está por toda parte nesse filme.
3 ANÉIS
Por Yara Oliveira
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