Criticando #1: Dezesseis Luas

Título Original: Beautiful Creatures.

124 min, 2013. Romance, Fantasia.

Com Jeremy Irons, Viola Davis, Emma Thompson, Thomas Mann, Emmy Rossum, Zoey Deutch, Margo Martindale e Rachel Brosnahan.

Direção: Richard LaGravenese

Roteiro: Richard LaGravenese

Baseado no livro "Beautiful Creatures" de Margaret Stohl e Kami Garmia.

  Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece... Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona.

  A premissa do filme é muito boa, um tema bem recorrente na atualidade, romance misturado com sobrenatural e, consequentemente, uma paixão proibida e etc.

  Eu confesso que criei muitas expectativas para esse filme e sim, estava muito ansioso para vê-lo. Eu li o livro e a história (mesmo tendo todos os clichês possíveis) me atraiu, me prendeu e eu adorei, sinceramente. Mesclando o romance com magia negra, maldição e personagens cativantes,  parecia bem promissor, e o livro é muito bom. 

Mas o filme... Decepcionou, para quem leu. Mas, para quem aposta só no filme, ele até agrada, tem uma fotografia lindíssima e efeitos bons. Porém, o filme acaba caindo no tédio, no "já sei o que vai acontecer" e acaba dando sono e muita irritação. Eu, particularmente, pestanejei umas vezes na sessão. 
  Quando, finalmente, o filme começa a ficar agitado e uma iminente batalha está para se iniciar, temos o clímax, no embate entre a protagonista e a vilã... Apenas para decepcionar mais. A cena que deveria ser o clímax do filme acaba por ser mais uma cena, onde temos apenas blá blá blá e nada de emocionante.

O que vale ver?

  O ponto alto mesmo é a atuação da Emma Thompson como a vilã. Risadas maléficas, uma atuação memorável, que com certeza ficará no meu ranking de "Melhores bruxas do cinema", só um pouco atrás de Michelle Pfeiffer em Stardust e Angelica Houston em Convenção das Bruxas. Destaque para a cena na igreja, onde a personagem da Emma, Sarafine, contracena com o personagem do Jeremy Irons (que está bem ruinzinho), Macon. Aquela cena é ÓTIMA!

O que eu odiei no filme?

  Bom, tem muita coisa, mas vamos aos highlights do filme.

1- WTF?!? Que casal é esse? Totalmente sem química e atuando super mal, Alice Englert e Alden Ehrenheich conseguiram superar o casal mais fofo  chato do cinema, Edward e Bella de Crepúsculo. Ethan Wate é um personagem bacana até, sabe. Alden Ehrenheich acabou com o personagem, colocando um nerd de laboratório feito ele, como um canastrão risonho, que só sabe fazer piadinha e não se surpreende e não está nem aí para o fato de sua namorada estar amaldiçoada, ser uma bruxa e etc. Alice Englert como Lena Duchannes está pior ainda. Eu me pergunto, até hoje, como o diretor Richard LeGravanese insistiu e implorou para ela interpretar o personagem no filme. É, isso mesmo, Alice negou três vezes o papel, mas o Richard insistiu tanto que ela aceitou. Bom, ele se lascou. Destaque para a cena acima, onde o Ethan pede para a Lena fazer nevar, sem dúvida uma das cenas mais tediosas e melosamente chatas do cinema. 

2- Personagens que nem são introduzidos direito na história chegam do nada com um plano mirabolante na cena que deveria ser a mais legal do filme e, sem mais nem menos, salvam a mocinha. Esse é o caso do personagem Larkin, que nos livros é um Bruxo Conjurador das Trevas, mas que no filme nem tem destaque, mas acaba salvando a Lena no fim. P-Q-P!

3- Falso marketing: O lero-lero de que esse seria o novo Crepúsculo é tudo balela. Olha, Dezesseis Luas é um filme ruim, mas vão por mim, não bateu Crepúsculo ainda, no quesito Filme-Chato-Digno-de-Framboesa-de-Ouro. No Dezesseis Luas pelo menos temos coadjuvantes premiados com Oscar.       

Edward está pasmo.

2 ANÉIS

Por Guilherme Campos.