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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Revisando #2: The Following

Título Original: The Following
Drama/Suspense/Thriller. 2013
1ª temporada - 15 episódios.
Com Kevin Bacon, James Purefoy, Natalie Zea, Annie Parisse, Shawn Ashmore.
Direção Joshua Butler
Roteiro de Kevin Williamson.


O FBI acredita existir cerca de 300 assassinos em série atuando nos EUA. O grande temor dos agentes é o de que eles possam formar algum tipo de aliança. Joe Carroll (James Purefoy), ex-professor de literatura, que matou quatorze mulheres, mas escapou do corredor da morte, está determinado a fazer justamente isso. Para detê-lo, a agência pede a consultoria de Ryan Hardy (Kevin Bacon), um ex-agente, responsável pela captura de Joe há nove anos. O problema é que Ryan se afastou do trabalho por ter mergulhado demais na mente de Joe, prejudicando-o física e mentalmente.

É difícil fazer um seriado hoje em dia que seja um sucesso completo. E muito mais difícil é fazer com que um seriado de suspense seja alavancado para um nível tão alto de qualidade de roteiro. No caso de The Following, boa parte do sucesso vem do elenco. Composto por um time de atores de primeiro escalão, The Following relembra vários clássicos do cinema, quando o assunto é suspense, sem apelar para nada sobrenatural. Na trama, um professor galã com uma lábia e um ego enormes é obcecado por contos de terror do escritor Edgar Allan Poe, e assim, começa a transpor para a vida real vários aspectos defendidos pelo poeta em suas obras. Assim, Joe Carroll é preso por assassinar quatorze garotas, que ele acreditava estar elevando ao céus por matá-las virgens, como dito em vários contos de Poe e também em alguns mantras islâmicos (ops).
Além de tudo isso, Joe também é escritor e após passar cinco anos na cadeia, põe em prática um plano absurdo de recrutar pessoas problemáticas para sua causa nobre (não tão nobre assim) de aniquilar várias pessoas pelo país, apenas para que isso ative seu lado criativo, para que ele consiga escrever um novo livro, com maior sucesso e também baseado em fatos. Kevin Bacon interpreta Ryan Hardy, o heroi, tanto no seriado, quanto no livro de Joe Carroll. Ryan é um personagem complexo, que tem problemas para se relacionar com as pessoas logo após seu maior caso ter sido solucionado: A prisão de Joe Carroll. Mas, após tormentos iniciados pelos companheiros do serial killer, Ryan se vê na necessidade (e culpa) de voltar a ativa e tentar deter o homem que prendera uma vez. Mesmo estando preso ainda, Joe comanda um grupo de assassinos que agem na penumbra, no anonimato, fato que torna o seriado bem imprevisível, pois nunca se sabe quem será a próxima vítima ou quem será o próximo assassino.


Quais os melhores episódios?
O episódio piloto da série é com certeza um dos melhores episódios. Somos introduzidos diretamente a loucura que Joe Carroll inspira nas pessoas e na aflição vivida por Ryan. Talvez, um dos pontos fracos do Piloto seja revelar demais da trama, fazendo com que os episódios seguintes percam um pouco o ritmo. Mas isso é inevitável, por mais que a temporada se arraste em alguns episódios, outros como o terceiro, The Poet's Fire, onde vemos pela primeira vez assassinos usando máscaras de Edgar Allan Poe (de uma forma bem bizarra) incendiando pessoas no meio das ruas, causando pânico. Os episódios que mostram o núcleo da casa onde Joey Matthews (o filho de Joe) é mantido em "cativeiro" também são interessantes, mostrando claramente como as pessoas são instáveis, os personagens Emma, Paul e Jacob, seguem a mesma causa, mas praticam em quase toda a temporada um jogo de gato e rato que leva a um desfecho alucinante. Sem dúvidas, o episódio final da temporada The Final Chapter também é incrível. Totalmente inesperado, o episódio traz um desfecho digno para a seita de Joe, alguns personagens marcantes têm finais aterrorizantes e o gancho deixado pelo roteirista é simplesmente ótimo. 


Talvez, o único ponto fraco da série seja a enrolação durante a temporada. Algumas cenas são desnecessariamente longas, se prendendo a fatos que nem serão importantes para a conclusão. Outra coisa que irrita um pouco é o fato de Joe ter tantos seguidores. Tudo bem que todos são perturbados mentalmente e ele é como um psicólogo para os assassinos da seita, mas o fato de existir uma seita de assassinos, seguindo um professor paranóico com Contos de Poe é meio bobo. Nada que afete as cenas de ação, porém, isso fica um pouco a desejar. O que resta é aguardar a segunda temporada e ver o que o Mestre do suspense na TV vai nos trazer de novo. Espero que Williamson não desaponte.

Joe Carroll rindo de quem acha que aquela explosão foi o fim.

4 ANÉIS

Por Guilherme Campos






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