Título Original: Anna Karenina
130 min, 2012. Drama/Romance/Histórico
Com Keira Knightley, Jude Law, Aaron Johnson, Matthew Macfadyen, Domhnall Gleeson, Bill Skarsgard.
Direção: Joe Wright
Roteiro: Tom Stoppard
Baseado no livro "Anna Karenina" de Liev Tolstói.
A trama conta a história de uma aristocrata da Rússia Czarista que, apesar de possuir beleza, riqueza, popularidade, um marido, e um filho amado, sente que sua vida é vazia, até ela começar a ter um caso com o impetuoso oficial Conde Vronsky.
Marcando o retorno da união de sucesso entre o diretor Joe Wright e a atriz Keira Knightley, que trabalharam juntos em Orgulho e Preconceito (2005) e Desejo e Reparação (2007), Anna Karenina adapta um dos clássicos de maior sucesso na história da literatura mundial. Mesclando amor e desejo, o filme basicamente retrata a vida vazia de pessoas que têm tudo o que querem, mas nada do que precisam. Nessa premissa, Anna conhece o Conde Vronsky, um oficial muito mais jovem que ela, que está destinado a se casar com uma condessa para perpertuar seu nome na Rússia. Desde o primeiro encontro, os dois acendem uma paixão proibida que pode arruinar tudo o que a sociedade conservadora da época tanto estima: O Casamento e a Honra.
O grande momento do filme vem quando o romance proibido entre o rapaz e a aristocrata vem a público, manchando o nome dos dois e deixando-os sem nada, nem mesmo seus nomes ou títulos. A partir desse ponto, a história se encaminha para seu desastroso e trágico fim, onde fica claro o arrependimento dos personagens com o rumo que tomaram devido aquela paixão passageira, culminando em um dos desfechos mais trágicos que já vi, desfecho que me lembrou vagamente O Primo Basílio, de Eça de Queirós.
Com um elenco forte (exceto o "mocinho" interpretado por Aaron Johnson, que deveria ter ficado só no universo de Kick-Ass), o filme retrata fielmente não só o que o livro de 1877 propõe, como também mostra o peculiar modo de vida da sociedade russa, desde a aristocracia em suas belas vestimentas até os camponeses, a classe mais baixa da Rússia, chamados de mujiques, além de falar sobre a apropriação de terra no território czarista.
O que vale a pena ver?
Sem dúvidas, a atuação majestosa de Keira Knightley, que consegue passar claramente todo o sentimento imposto e sentido pela personagem, desde sua vida vazia e sem significado, até o breve momento de plenitude e satisfação sentidos quando a paixão entre Anna e Vronsky fica à flor da pele.
O formato para o qual o filme fora adaptado, é realmente digno de nota. Somos apresentados a um cenário rotatório, onde vemos todo o desenrolar da trama em um palco, com figurações significantes (como por exemplo, o modo como o trem é retratado) e também a forma intrínseca com que o diretor adentrou a trama, fazendo com que coisas simples se tornem de muita valia.
O filme, lançado em novembro do ano passado nos Estados Unidos, foi indicado a quatro categorias no Oscar 2013, dentre elas Melhor Figurino, Melhor Trilha Sonora, Melhor Design de Produção e Fotografia. Saindo vencedor apenas em Figurino, o filme mereceria também as estatuetas de Design de Produção e Fotografia, na minha opinião, além de pelo menos, a indicação de Keira na categoria Melhor Atriz.
Infelizmente, um dos pontos fracos do filme é a atuação de Aaron Johnson como Conde Vronsky (papel inicialmente oferecido a Bennedict Cumberbatch e James McAvoy), que não consegue suprir a grande expressão de sentimentos que o personagem exige e muito menos, ter a química necessária com a bela Keira, deixando o filme um pouco desequilibrado e instável.
Além de atuar com aquele ator ruinzinho, não fui indicada. #bolada
4 ANÉIS
Por Guilherme Campos
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